tag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post4605706291068559256..comments2023-08-23T08:33:06.012+01:00Comments on Não apaguem a Memória!: Nostalgia salazarenta à custa de fundos públicosRaimundo Narcisohttp://www.blogger.com/profile/04961339125673866357noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post-1204006869835664482007-03-06T00:00:00.000+00:002007-03-06T00:00:00.000+00:00Caro João Tunes:Antes que mais alguém não perceba ...Caro João Tunes:<BR/>Antes que mais alguém não perceba ironias, é óbvio que eu não estava a branquear a ditadura de Ceaucescu, sou contra todas as ditaduras, não sei como foi capaz de fazer essa tresleitura.<BR/>E quanto a eu me exprimir num "modo demasiado lusito", escusa de ser ofensivo pois eu não fui ofensivo para consigo.Daniel Melohttps://www.blogger.com/profile/01872281878650163566noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post-22317649691382147932007-03-05T23:50:00.000+00:002007-03-05T23:50:00.000+00:00Companheiro João Tunes,Ficarei mais feliz (não se ...Companheiro João Tunes,<BR/>Ficarei mais feliz (não se trata de ficar "descansada") se voltar muitas vezes. A sua participação não nos incomoda, muito pelo contrário. O intuito do «Não apaguem a Memória!» está expresso na Carta do Movimento e os objectivos deste blogue constam da respectiva linha editorial. Não fazemos fretes e não estamos a soldo do PCP ou de qualquer outra força política. Não queremos reproduzir estereótipos nem preconceitos. Reivindicamos uma postura crítica, exigente, democrática, aberta e plural na revitalização da memória da resistência à ditadura e ao Estado Novo e da luta pela liberdade e pela democracia. <BR/>O "campo" que escolhi é aquele em que acredito: em democracia (único regime que prezo e defendo), a gestão do orçamento de Estado deve visar estritamente o interesse público. Se reconhece a minha inteligência (e não a referiu apenas por paternalismo), aceitará que eu faça a seguinte leitura: o João Tunes queria atacar a URAP e o PCP, mais do que aquela iniciativa concreta; e os argumentos do post do Daniel Melo foram um estorvo sugado pela sua voragem.<BR/>Até breve!Cláudia Castelohttps://www.blogger.com/profile/12056790859884011592noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post-51266762856385611962007-03-05T23:32:00.000+00:002007-03-05T23:32:00.000+00:00Ora, senhor Daniel de Melo, como discutir consigo ...Ora, senhor Daniel de Melo, como discutir consigo se formula uma pergunta e responde respondendo-nos a dizer " a resposta é...". O senhor exprime-se de um modo demasiado "lusito" para o meu prazer em conversar. Ponto quase final. Porque o último, mesmo final, é lembrar-lhe, perante o branqueamento que fez de Ceausescu aludindo aos "governos europeus democráticos que o foram cumprimentar", que, isso tem um valor tão falacioso quanto a atribuição do título de doutor "honoris causa" atribuído a Salazar pela Universidade de Oxford. Ponto final (confirmado).<BR/><BR/>João TunesAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post-45438918248254395282007-03-05T22:11:00.000+00:002007-03-05T22:11:00.000+00:00Caro João Tunes:Neste blogue acolhem-se todas as o...Caro João Tunes:<BR/>Neste blogue acolhem-se todas as opiniões e pontos de vista, como bem sabe.<BR/>E sabe bem que este blogue não tem qualquer colagem a nenhum partido político, nem as pessoas que o compõem deixariam que isso acontecesse, como já foi sobejamente referido a propósito duma lamentável pseudo-polémica despoletada por José Pacheco Pereira há uns meses atrás.<BR/>Vários textos doutros membros do Movimento foram então aqui publicados.<BR/>Por isso, temos sempre muito gosto em acolher todas as opiniões, e em debater argumentos com argumentos, e não com preconceitos.Daniel Melohttps://www.blogger.com/profile/01872281878650163566noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post-16503433160646654952007-03-05T22:03:00.000+00:002007-03-05T22:03:00.000+00:00Caro João Tunes:a Cláudia Castelo já respondeu o e...Caro João Tunes:<BR/>a Cláudia Castelo já respondeu o essencial que há a responder quanto ao seu comentário, ainda assim aproveito para refutar outros pontos do seu raciocínio, que me parece virar o bico ao prego.<BR/>Alguns pontos prévios: 1) o post é sobre o possível uso indevido de fundos públicos para um mausoléu dum ditador que oprimiu um povo durante 40 anos; 2) a liberdade democrática não nos obriga a achar que todas as opiniões se equivalem ou que sejam aceitáveis as que veiculam uma ideologia anti-democrática e que expressa violência política.<BR/>A tese de que a denúncia da tentativa de uso de dinheiros públicos (é isso que o post refere, repito), ajudará a "agigantar o mito de Salazar e assim disfarçar como são reduzidos os seus inspirados e seguidores" parece-me completamente errada: os neofascistas e salazaristas continuarão a existir, independentemente deste tipo de iniciativa (quando muito serão o silêncio, a falta de transparência, o défice de vigilância sobre a propoganda de extrema-direita e programas nostálgicos que lhes darão terreno fértil). Quanto à "dicotomia que está longe de ser o cerne do debate democrático do nosso tempo, transformando a preservação da memória numa modalidade serôdia de conflito entre saudosismos" não colhe: o conflito faz parte da democracia, e não há aqui qualquer dicotomia, apenas denúncia de eventual mau uso de dinheiros públicos. Nem a denúncia feita nem a manifestação que se realizou poderia "transformar os salazaristas e a população do concelho de Santa Comba Dão (agindo por reflexo de defesa de um seu patrício que foi notório e notável), em paladinos do direito à liberdade de expressão e de celebração aos gritos de «viva Salazar!»", pois toda a gente sabe que fazer saudações nazis e dar vivas salazaristas são expressões de regimes que reprimiam a pluralidade de opinião e de expressão do pensamento.<BR/>Aqui ninguém quer proibir que se façam museus bolorentos, apenas que não sejam feitos com apoios públicos.<BR/>Já reparou na ironia que é estarmos a discutir um Museu para um ditador quando nunca foi feito um para honrar a luta pela liberdade no nosso país, museus esses que existem, sob distintos formatos, em todos os países europeus desenvolvidos?<BR/>Não acha que isso é que deve ser motivo de indignação?<BR/>Não devemos antes batalhar por uma memória cívica exigente?<BR/>A resposta é sim, e passa também pela denúncia de eventuais apoios a projectos que envolvem a memória, sim, mas uma memória nostálgica, sem exigência crítica e indirectamente recuperadora do ditador que mais tempo esteve no poder na Europa.<BR/>Quanto à questão Ceaucescu, aproveito para relembrar que foram vários os governos europeus democráticos que o foram cumprimentar. E que hoje até há quem se esqueça das ditaduras que por aí vegetam, supostamente a bem dos negócios.Daniel Melohttps://www.blogger.com/profile/01872281878650163566noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post-28063590525521071462007-03-05T21:58:00.000+00:002007-03-05T21:58:00.000+00:00Companheira Cláudia,Olhe que o dinheiro não é tudo...Companheira Cláudia,<BR/><BR/>Olhe que o dinheiro não é tudo na vida e há mais mundo para além do défice. Vc quis ir por aí, pela via estreitamente orçamental dos dinheiros públicos [e eu sei que a estimada companheira, sendo uma mulher inteligentíssima, como já deu provas noutros escritos, escolheu este “campo” para não exercer o contraditório, talvez impossível ou apenas inconveniente, noutros aspectos do meu “comentário” e preferiu assobiar para o lado] aplicados pelas autarquias na memorização dos heróis históricos, pois sabe-se que a Ministra da Cultura declarou que não vai um cêntimo do Orçamento do Estado para o tal “Museu Salazar”, explique-me a que título, sendo eu um cidadão que presa a liberdade e a democracia e, por isso, enjeito qualquer ditadura, tenho de suportar civicamente, sob agiotagem simbólica da minha cidadania constitucional anti-ditatorial, uma Rua Lenine em Vila Franca de Xira, outra Rua Lenine em Vialonga, uma Rua Karl Marx na Póvoa de Santa Iria e uma Rua Che Guevara na Amadora.<BR/><BR/>Mas descanse, porque se o intuito deste Movimento é a reprodução do estereótipo antifascista sob hegemonia controlada do PCP, eu não vos incomodo mais. Então, se assim fôr, resta-me apenas desejar que sejam muitos felizes. E, pela minha parte, continuar o combate contra a obra e os crimes de Salazar, sem dar aos salazaristas o benefício do prolongamento do mito pelo silêncio ou da proibição. Eu não os calarei porque não os temi nem temo, acreditando que o Monstro Salazar fala por si. <BR/><BR/>Saudação companheira do<BR/>João TunesAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post-24133766707913642462007-03-05T18:55:00.000+00:002007-03-05T18:55:00.000+00:00Não me parece que haja qualquer contra-senso em pr...Não me parece que haja qualquer contra-senso em promover a memória da resistência ao fascismo e/ou a investigação científica sobre o Estado Novo, por um lado, e, por outro, denunciar e lutar contra uma tentativa de criar um Museu dedicado a Salazar com dinheiros públicos, sob a égide de uma Autarquia Local. Do meu ponto de vista, não se trata de impedir que outras memórias circulem no espaço público, pretende-se apenas que o orçamento de Estado do nosso regime democrático não contribua para consagrar um ditador.Cláudia Castelohttps://www.blogger.com/profile/12056790859884011592noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post-1260820529668264492007-03-05T16:33:00.000+00:002007-03-05T16:33:00.000+00:00Caro Daniel de Melo,Permita-me que considere este ...Caro Daniel de Melo,<BR/><BR/>Permita-me que considere este patrocínio da iniciativa da URAP um contrasenso relativamente ao objectivo da pugna principal pela preservação da memória do que foi o fascismo português. Porque quem luta contra o esquecimento, defendendo o direito à memória, não pode, depois, ser nem selectivo nem proibitivo relativamente a outras partes, afinal complementares, da memória. Quando a memória, em si, nunca passa de uma soma dialéctica de memórias, sempre caldeadas pelas emoções.<BR/><BR/>Claro que a nós, antifascistas [e falo, nessa qualidade individual, pela modéstia da minha luta contra Salazar, na minha passagem por Caxias, nos meus escritos jornalísticos censurados, nos processos disciplinares que tive enquanto dirigente estudantil e visando a minha proibição do direito a estudar], dói que enquanto se dificultam as lutas para que se mantenham vivas as memória das vítimas do salazarismo, do que foi a noite fascista em Portugal, apareçam facilidades e patrocínios para que o ditador seja lembrado e incensado. Mas seria pequenez nossa, a dos que querem lembrar as marcas e os crimes do fascismo, temer que o salazarismo tenha a sua presença de lembrança e homenagem. Porque os efeitos de uma tal insensata campanha, só podem ser: a) agigantar o mito de Salazar e assim disfarçar como são reduzidos os seus inspirados e seguidores; b) crispar uma dicotomia que está longe de ser o cerne do debate democrático do nosso tempo, transformando a preservação da memória numa modalidade serôdia de conflito entre saudosismos; c) transformar os salazaristas e a população do concelho de Santa Comba Dão (agindo por reflexo de defesa de um seu patrício que foi notório e notável), em paladinos do direito à liberdade de expressão e de celebração aos gritos de “viva Salazar!”. Para não falar na ironia de que o coordenador da URAP que presidiu à iniciativa de Santa Comba Dão seja a mesma pessoa que se albergou na Rádio Bucareste proporcionada por Ceaucescu para fazer resistência antifascista a falar aos microfones da “Rádio Portugal Livre” (digo eu, que não consigo vislumbrar qualidades de amor à liberdade que Ceausescu tivesse em maior grau que o nefando Salazar…).<BR/><BR/>Não vejo que seja preciso, ou sequer aconselhável, proibir o Museu Salazar para lembrar e denunciar o salazarismo. O proibicionismo não devia ser imagem de marca dos libertadores da memória. Deixemos a bolsa ínfima dos saudosistas do salazarismo esgotarem-se na recordação patética do Botas. Exibam até, se lhes der gana, a cadeira de repouso em que ele deu o tombo fatal. Façamos o que temos a fazer, lembrar a noite fascista e as vítimas de Salazar. E não pode haver receio de ganhar esta batalha. Porque, sobretudo para as novas gerações, as que nasceram em democracia, exibir-lhes um pólo e proibir outro seria meio caminho andado para a polarização na atracção pelo “proibido”. Pedagogicamente, do ponto de vista do antifascismo, a maior permanência devia ser lembrar aqueles que lutaram para que a única proibição fosse proibir. Isso nos distinguiu e distingue do salazarismo, antes e agora.<BR/><BR/>João TunesAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2562626693381185364.post-73194753901042753102007-03-05T01:14:00.000+00:002007-03-05T01:14:00.000+00:00Pergunto, será que ainda vamos ter um " ? " (perdo...Pergunto, será que ainda vamos ter um " ? " <BR/><BR/>(perdoai-lhes senhor por invocarem o ilustre nome de MUSEU vão !) , dito museu, dedicado ao ditador Salazar , na sua santa terrinha, antes de termos um grande MUSEU português dedicado à resistência e aos negros anos do fascismo, que tantas vidas eclipsou ? Teremos que nos questionar ... quando o conceito de museu é usado para branquear a memória e atropelar a história ! Não lhe chamem MUSEU, chamem-lhe mausoléu, epitáfio à falta de lucidez. Monumento à pequenez ...<BR/><BR/>Eclipsámo-nos de vez ?!<BR/><BR/>_________________________________________________________<BR/><BR/><BR/>A esta inquietação CN responde ASSIM com magistral argumentação ! Dê o seu contributo para o museu que nos faz falta em »»»»»» Esse grande filho da Pátria <BR/><BR/><BR/>Posted by isabel victor at 3/04/2007 4 commentsIsabel Victorhttps://www.blogger.com/profile/14925437002467861825noreply@blogger.com