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sexta-feira, 7 de março de 2008

8 de Março - Dia da Mulher 2


Em parte devido ao intenso calendário de actividades cívicas no próximo Sábado (8 de Março) não foi possível manter condignamente a comemoração devida às mulheres resistentes da Margem Sul.

No entanto, em colaboração, o NAM-Movimento Não Apaguem a Memória!, a Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo e a Livraria Circulo das Letras realizam um debate sobre As mulheres na Resistência (com base no livro As mulheres de Alhandra na Resistência), em que estarão presentes Antónia Balsinha (autora do livro) e a nossa companheira Irene Pimentel (historiadora).

Também estarão expostas (ate ao final de Março) obras de Cipriano Dourado, o artista que tanto e tão bem desenhou a mulher e o trabalho.

O debate será na Livraria Circulo das Letras, na 4ª feira 12 de Março, às 18.30h, Rua Augusto Gil, 15 B (cruzamento da Av. Óscar Monteiro de Torres com a Rua Augusto Gil, entre a Av. de Roma e o Campo Pequeno)

domingo, 2 de março de 2008

8 de Março - Dia da Mulher 1

A jornada do 8 de Março à Margem Sul fica adiada

Há um ano foi a hospitalidade de Coruche e a surpresa das mulheres do Couço. Foi o prazer de escutar a Paula Godinho contar-nos as histórias heróicas da resistência feminina em meio rural, das redes de solidariedade e entreajuda que nos momentos mais difíceis ali se organizaram. Foi a recepção em Coruche, com o inesquecível acolhimento por parte do presidente da autarquia, Dr. Dionísio Mendes da Silva, e a visita à exposição sobre Zeca Afonso, no Museu concelhio.

Este ano a proposta é para uma jornada de convívio com as mulheres da resistência na Margem Sul. Vamos recordar as vidas dessas mulheres durante as greves de 1943, nas lutas eleitorais autorizadas durante um mês pelo Estado Novo, seguidas de prisões e repressão nos lugares de trabalho.

Vem a propósito citar Sónia Ferreira, uma das oradoras no colóquio e guia na visita à Cova da Piedade: «As mulheres são das principais protagonistas públicas das greves de 43. Elas incitam à adesão, encabeçam marchas de fome, assaltam locais para a apropriação de géneros e redistribuem-nos, atiram pedras, partem vidros, cortam fios telefónicos, assaltam comboios, gritam, insultam, barafustam, pedem e exigem, de forma clara, directa, pública e frontal».

Por isso, foram ameaçadas através de uma Nota da Repartição do Gabinete do Ministério da Guerra (exactamente, a repressão da greve foi uma acção militar comandada pelo major Jorge Botelho Moniz) de que quem abandonasse o trabalho seria incorporado «num batalhão de trabalhadores, subordinado à mais severa disciplina militar (…) independentemente do sexo».
Vamos ver os locais simbólicos onde os confrontos com os esbirros do fascismo foram mais fortes.
Vamos recolher os testemunhos das mulheres e dos homens que não viraram a cara à luta.

Vamos testemunhar, com a nossa presença, que não esquecemos.

Programa:

A resistência feminina em meio operário (8 de Março)

Reunião na Praça de Espanha [junto do Teatro da Comuna]

9h – Concentração

9h30 – Partida para o Jardim da Piedade (Cova da Piedade)

10h às 11h – Visita guiada aos lugares simbólicos e convívio com as antigas operárias

11h30 – Paragem no Seixal, com evocação do que foi o trabalho árduo e brutal na fábrica de cortiça da Mundet, feita por Edmundo Pedro e por uma trabalhadora

13h – Almoço no Seixal

15h – Chegada ao Barreiro e visita guiada

15h30 – Colóquio (a realizar na Sociedade De instrução e recreio barreirense “Os penicheiros”)

Abertura a cargo de Nuno Teotónio Pereira e do nosso anfitrião

Início das intervenções:

1. Sónia Ferreira resume a visita guiada à Margem Sul durante a manhã

2. Júlia Leitão de Barros – contextualização histórica e a propaganda do regime ditatorial

3. as mulheres do Barreiro – projecção de excertos da entrevista com Pepita, a viúva de Manuel Firmo, dirigente anarco-sindicalista

4. Projecção do documentário da CMB sobre o movimento grevista de 1943

18h – Debate e encerramento do colóquio

19h – Regresso a Lisboa


custo total – 25 euros