domingo, 23 de setembro de 2007

Homenagem a Adriano




25 anos após o desaparecimento de Adriano Correia de Oliveira, decorre nos dias 12 e 13 de Outubro, na Academia de Santo Amaro, em Lisboa, um espectáculo de homenagem a esse grande expoente da canção da Resistência.

Sobre Adriano, o site
  • Adriano Sempre
  • a ele dedicado diz o seguinte:

    "Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira nasceu em Avintes, em 9 de Abril de 1942, no seio de uma família tradicionalista católica. Tirou o curso do liceu no Porto. Em Avintes iniciou-se no teatro amador e foi co-fundador da União Académica de Avintes. Em 1959 rumou a Coimbra, onde estudou Direito. Foi solista no Orfeon Académico de Coimbra e fez parte do Grupo Universitário de Danças e Cantares e do Círculo de Iniciação Teatral da Académica de Coimbra. Tocou guitarra no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica. No ano seguinte editou o primeiro EP acompanhado por António Portugal e Rui Pato. Em 1963 saiu o primeiro disco de vinil Fado de Coimbra que continha Trova do Vento que passa, essa balada fundamental da sua carreira, com poema de Manuel Alegre, consequência da sua resistência ao regime Salazarista, e que as suas movimentações levaram a gravar, que foi o hino do Movimento Estudantil.

    Além disso, Adriano Correia de Oliveira tornou-se militante do PCP no início da década de 60. Em 1962 participou nas greves académicas e concorreu às eleições da Associação Académica, através da lista do Movimento de Unidade Democrática (MUD).

    Em 1967 gravou o vinil Adriano Correia de Oliveira que, entre outras canções, tem Canção com lágrimas.

    Quando lhe faltava uma cadeira para terminar o curso de Direito, Adriano trocou Coimbra por Lisboa e trabalhou no Gabinete de Imprensa da Feira Industrial de Lisboa (FIL) e foi produtor da Editora Orfeu. Em 1969 editou O Canto e as Armas, tendo todas as canções poesia de Manuel Alegre. Nesse mesmo ano ganhou o Prémio Pozal Domingues. No ano seguinte, sai o disco de vinil Cantaremos , em 1971, Gente d'Aqui e de Agora, que marca o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, que tinha vinte anos. José Niza foi o principal compositor neste disco que precedeu um silêncio de quatro anos. É que Adriano recusou-se a enviar textos à Censura.

    Em 1975 lançou Que Nunca Mais, com direcção musical de Fausto e textos de Manuel da Fonseca. Este vinil levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como Artista do Ano.

    Fundou a Cooperativa Cantabril e publicou o seu último album, Cantigas Portuguesas, em 1980. No ano seguinte, numa altura em que a sua saúde já se encontrava degradada rompeu com a direcção da Cantabril e ingressou na Cooperativa Era Nova. Em 1982, com quarenta nos, num Sábado, dia 16 de Outubro, morreu em Avintes, nos braços da mãe, vitimado por uma "hemorragia esofágica."

    Sem comentários: