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domingo, 13 de janeiro de 2008

A resistência antifascista: colheita de 2007

Acabou de sair na edição deste mês do Le Monde Diplomatique - ed. portuguesa um artigo de fundo sobre "A resistência antifascista: colheita de 2007", por Daniel Melo.
O artigo contém um dupla recensão crítica aos livros Memórias – um combate pela liberdade, de Edmundo Pedro (Lisboa, Âncora Editora) e A passagem: uma biografia de Soeiro Pereira Gomes, de Manuela Câncio Reis (Lisboa, Editorial Caminho).
Apresenta ainda um breve balanço global dos livros publicados no ano passado sobre a resistência antifascista e a listagem das anteriores recensões críticas específicas, a saber:
CUNHAL, Álvaro, Obras escolhidas de Álvaro Cunhal – tomo I (1935-1947), Lisboa, Edições Avante! (por João Madeira, ed. de Fevereiro).
GALIZA, Rui Daniel, PINA, João, Por teu livro pensamento, Lisboa, Assírio e Alvim (por Daniel Melo, ed. de Novembro).
LOPES, Joana, Entre as brumas da memória. Os católicos portugueses e a ditadura, Lisboa, Âmbar (por Daniel Melo, ed. de Novembro).
MADEIRA, João, PIMENTEL, Irene, FARINHA, Luís, Vítimas de Salazar. Estado Novo e violência política, Lisboa, Esfera dos Livros (por Daniel Melo, ed. de Outubro).
NUNES, Renato, Miguel Torga e a PIDE. A repressão e os escritores no Estado Novo, Coimbra, Minerva (por Daniel Melo, ed. de Setembro).
SEABRA, Zita, Foi assim, Lisboa, Alêtheia Editores (por João Leal, ed. de Novembro).
Nb: imagem de cartoon de João Abel Manta (retirada daqui).

sábado, 12 de janeiro de 2008

A memória pública da ditadura e da repressão

O artigo "A memória pública da ditadura e da repressão", de Irene Pimentel, foi recentemente disponibilizado no site do Le Monde diplomatique - edição portuguesa, como homenagem por ter recebido o Prémio Pessoa. Este artigo fora originalmente publicado na edição de Fevereiro de 2007 daquele jornal, no dossiê «Os silêncios da História», co-organizado por Daniel Melo e o qual contou ainda com os contributos de José Manuel Sobral e Sérgio Godinho (tal como foi aqui noticiado oportunamente).
O livro A história da PIDE, de Irene Pimentel, será recenseado no Diplô em próxima edição.
Nb: imagem de cartoon de João Abel Manta.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Novas recensões a livros sobre a resistência anti-salazarista

Sairam na edição deste mês do Le Monde Diplomatique - ed. portuguesa recensões críticas aos livros Por teu livre pensamento e Entre as brumas da memória, ambas por Daniel Melo.
O livro Por teu livre pensamento é da autoria de Rui Daniel Galiza (textos) e João Pina (fotos), e recolhe um conjunto de testemunhos de 25 ex-presos políticos, contendo ainda notas biográficas sobre os mesmos.
O livro Entre as brumas da memória é um testemunho de Joana Lopes sobre a actividade dos católicos progressistas nos anos 60.
Às duas obras já aqui nos referiramos, aquando dos respectivos lançamentos este ano (vd. etiquetas na coluna da direita começadas com «livro», seguidas do título da obra correspondente).
Nb: imagem do Monumento aos presos políticos, escultura de Jorge Vieira.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A violência política sob o salazarismo

Saiu na edição deste mês do Le Monde Diplomatique - ed. portuguesa uma recensão crítica ao livro Vítimas de Salazar, por Daniel Melo. O livro, da autoria de João Madeira, Irene Pimentel e Luís Farinha, trata da violência política sob a ditadura salazarista, abordando o aparelho repressivo oficial e as suas vítimas. A esta obra já aqui falámos, aquando do seu lançamento em Fev.º deste ano.
Um dos autores desse livro, Irene Pimentel, irá lançar uma versão da sua tese de doutoramento no final deste mês. Chama-se A história da PIDE, tem a chancela do Círculo de Leitores e da Temas & Debates e dele daremos notícia detalhada noutro post mais próximo da data.
Imagem: cela da Prisão do Forte de Peniche (foto de Pedro Medeiros retirada daqui).

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Centenário de Miguel Torga: a exposição

A Exposição comemorativa do nascimento do escritor Miguel Torga (1907-1995) foi inaugurada ontem na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa.
A mostra foi organizada pela Delegação Regional da Cultura do Norte (DRCN) e faz parte das comemorações oficiais. Estará patente até 12 de Outubro. No âmbito do seu programa comemorativo, a DRCN também organizou concursos de fotografia e de literatura. Para mais informações, incluindo eventos promovidos por outras entidades, vd. DRCN e NAM.
Ainda a propósito deste resistente antifascista, saiu no último n.º do Le Monde Diplomatique - ed. portuguesa uma recensão crítica ao livro Miguel Torga e a PIDE, da autoria de Daniel Melo. O livro é de Renato Nunes e já aqui tinha sido referido, aquando do seu lançamento.

sábado, 5 de maio de 2007

A história secreta do 25 de Abril

Ainda a propósito do 25 de Abril, acaba de sair uma entrevista inédita no relançado sítio de Internet do Le Monde Diplomatique - ed. portuguesa.
Intitula-se Otelo, Vítor Alves e Vasco Lourenço – os três do 25 de Abril e foi realizada pelos jornalistas Ana Sá Lopes e António Melo, há 3 anos atrás. Esta entrevista nunca fora publicada na íntegra, dada a sua extensão.
Como consta da introdução, os 3 operacionais do 25 de Abril relatam aqui "as vicissitudes de um percurso que se iniciou em Setembro de 1973, quando Vasco Lourenço clamou «Isto só lá vai com um golpe militar!», e teve o seu desfecho ao meio-dia de 23 de Abril de 1974. Nesse dia, de um cansado duplicador, Otelo retirou as derradeiras instruções, que enviou às unidades do Movimento: ao som do «Grândola, Vila Morena», às 03h00, na Rádio Renascença, saem para cumprir as missões que lhes foram destinadas".
A entrevista tem os seguintes marcos principais:
- a prisão de Vasco Lourenço e o fracasso do 16 de Março;
- as lições do 16 de Março e o Programa do MFA;
- o programa, Spínola e a operação militar;
- neutralização da PIDE e o Regimento de Comandos;
- ligações partidárias e internacionais.
Nb: já não sei donde retirei esta imagem, alguém pode ajudar a identificar a fonte?

quarta-feira, 14 de março de 2007

A memória da II Guerra Mundial e do colonialismo no Japão actual

Tal como referimos em post anterior, o Le Monde Diplomatique inclui 2 textos sobre o Japão, onde se aborda a II Guerra Mundial e o papel da memória histórica: «O santuário Yasukuni ou a memória selectiva do Japão» (de Tetsuya Takahashi) e «Ambiguidades nipónicas, ambiguidades europeias» (de Émilie Guyonnet).
Neste último texto fala-se das ambiguidades nipónicas quanto ao papel do Japão durante aquele conflito bélico, as quais se espelham nas distintas orientações museológicas: por um lado, o Museu da Paz de Hiroxima e o Peace Osaka vão no sentido duma memória histórica exigente e crítica acerca do Japão dos anos 1930-40, preocupando-se com a contextualização nacional e internacional e dando espaço tanto às vítimas de guerra como à política belicista nipónica de então; por outro lado, museus como o Showakan apenas se detêm na reconstituição do difícil quotidiano dos japoneses durante a guerra e o pós-guerra, sem qualquer contextualização e apesar da mensagem pacifista, de «nunca mais». Émilie Guyonnet também aborda o lugar da história nos manuais escolares, a propósito da polémica internacional gerada pela tentativa dos nacionalistas nipónicos em retirar daqueles a visão crítica sobre o passado imperalista nipónico.
Em suma, a tendência geral é a duma "mensagem pacífica mais centrada nas vítimas da guerra do que nas suas causas", para o que contribuiu a perpectiva do Tribunal de Tóquio e dos Aliados, que atribuíram as responsabilidades pelo militarismo apenas a um "pequena clique de militares" usurpadores do poder, como nota a jornalista Guyonnet. Nesse sentido, apenas 0,29% da população foi afastada dos cargos públicos (contra 2,5% nas zonas ocupadas pelos EUA na Alemanha desnazificada) e vários dirigentes voltaram às altas chefias.
O texto do investigador Tetsuya Takahashi tem tons mais pessimistas, o que se deve ao tema: o aproveitamento político-ideológico do santuário Yasukuni e a amnésia selectiva. Este recinto xintoísta foi erigido em 1839 em honra dos militares japoneses do período Meiji. Ficou como um lugar de celebração do nacionalismo japonês. Após a II Guerra Mundial foi separado do Estado, mas recentemente os sectores nacionalistas nele homenagearam os 14 criminosos condenados à morte pelo Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente (mais conhecido como Tribunal de Tóquio), em 1948, e que aí estão sepultados. Tal deu origem a uma polémica diplomática internacional, tendo cessado as visitas oficiais.
Para este autor a questão é mais abrangente e complexa: o passado belicista e as agressões cometidas contra outros povos nesse contexto recuam ao séc. XIX e ao colonialismo nipónico, mas há uma tendência para a história oficial se centrar no crescimento e afirmação do Japão enquanto potência nacional. Por condenarem o imperialismo japonês e por acharem que o colonizado não tinha o mesmo estatuto de vítima do colono, descendentes de soldados taiwaneses e coreanos forçados a combater no exército colonial nipónico pediram que os seus antepassados fossem retirados da «celebração comum» feita no santuário. Tal foi-lhes recusado pelos responsáveis do santuário, sob a alegação de todos terem a nacionalidade japonesa. Outros casos ensombram este santuário: dos 2,4 milhões de mortos aí celebrados, 2 milhões devem-se à guerra do Pacífico, tendo a maioria morrido em massacres ou à fome. Agora, o actual governo quer nacionalizar o santuário para também aí poder homenagear os eventuais mortos do exército que o Japão voltou a formar, ao fim de 50 anos de desmilitarização.
Nb: imagens do Osaka Peace, ou Osaka Internacional Peace Center.

domingo, 11 de março de 2007

Memórias do antifascismo ibérico

O Le Monde Diplomatique de Março tem ainda 2 textos sobre a memória antiditatorial, um dedicado parcialmente à Lei da Memória Histórica espanhola («A Espanha atormentada pelo seu passado», de José Manuel Fajardo) e uma recensão ao livro sobre Flausino Torres (do neto Paulo Torres Bento), do qual demos informação em post específico aquando do seu lançamento. A obra chama-se Flausino Torres (1906-1974) - Documentos e fragmentos biográficos de um intelectual antifascista e a recensão é assinada por José Neves, membro do movimento Não apaguem a Memória!.
No jornal vêm também 2 textos sobre o Japão, de que se dará conta em post futuro.
PS: o livro sobre Flausino Torres foi também recenseado por Filomena Cabral, cujo texto pode ler-se aqui.

sábado, 10 de março de 2007

Rompendo grilhetas com o legado colonial

O n.º de Março do Le Monde Diplomatique (edição portuguesa) dedica uma parte do seu dossier ao colonialismo português. O dossier intitula-se «Do indígena ao imigrante» e pretende contribuir para um exame crítico do legado colonial e do modo como este é pensado na contemporaneidade.
Os textos do dossier que tratam esta temática são os de Miguel Bandeira Jerónimo e Nuno Domingos («"O grémio da civilização": do indígena ao imigrante»), de Cláudia Castelo («O luso-tropicalismo: um mito persistente») e de Alfredo Margarido («A lusofonia, outra forma de colonialismo»).
O jornal integra ainda 3 recensões a livros sobre esta temática: Portugal não é um país pequeno (org. de Manuela Ribeiro Sanches), Revoltas escravas (de João Pedro Marques) e As côres do Império (de Patrícia Ferraz de Matos). Os recenseadores são, respectivamente, José Mapril, Carlos Silva e Nuno Dias.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

O que faz falta é lembrar a malta!

O Le Monde Diplomatique (edição portuguesa) realiza hoje um debate sobre «Os silêncios da História», em torno do dossier do seu n.º de Fevereiro. Terá início às 21h30, no novo espaço da Livraria Ler Devagar (R. da Rosa, 145, no Bairro Alto, a antiga rua das tipografias e jornais..).
Irene Pimentel escreveu nesse n.º sobre a memória pública da ditadura e da repressão, no qual salienta o contributo do movimento Não apaguem a Memória! para o reavivar do debate sobre o lugar da memória na pedagogia democrática. José Sobral reavaliou a importância da memória colectiva das comunidades rurais do Portugal salazarista. Sérgio Godinho evocou Zeca Afonso. Mais detalhes neste post anterior, dedicado exclusivamente ao último dossier do Diplô.
Aqui fica o convite a todos para uma boa ocasião de se debater e reflectir sobre a nossa memória histórica recente. Porque, e parafraseando Zeca Afonso, o que faz falta é recordar a malta!