quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Encontro Ibérico - Reflexões em torno de María Zambrano


No próximo dia 22 de Novembro decorre no Instituto Cervantes, em Lisboa, o Encontro Ibérico - Reflexões em torno de María Zambrano.

Filósofa de referência, María Zambrano nasceu em Málaga em 1904.

Em 1921 iniciou estudos de Filosofia como aluna livre na Universidade Central de Madrid. Completou os estudos em 1927 e, em 1931 já era professora auxiliar de Metafísica na Universidade Central.

Casou, em 1936, e partiu para Santiago de Chile.

Já durante a Guerra Civil de Espanha, em 1937, no mesmo dia em que caiu Bilbau, María e o marido regressaram a Espanha.

Ele alistou-se no exército e María passou a colaborar na defesa da República como Conselheira de Propaganda e Conselheiro Nacional para a Infância Evacuada.

Em Janeiro de 1939 partiu para o exílio.

Passou por Paris, Nova Iorque, Havana e México. Neste último país leccionou filosofia na universidade.

Viveu em Paris de 1946 a1949 e depois Havana, de novo.

Em 1953 regressou à Europa e escolheu Roma para viver até 1964, relacionando-se com intelectuais italianos e com espanhóis exilados como Ramón Gaya, Diego de Mesa, Enrique de Rivas, Rafael Albertie Jorge Guillén.

Em 1964, publicou Claros do bosque.

Fixou residência em Genebra, quando no seu país começou a ser apreciada, ao ser nomeada Filha Adoptiva do Principado das Astúrias.

Em 1981 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades. Em 1982 foi-lhe atribuído o título de doutora honoris causa. Em 1987 abriu a Fundação com o seu nome e em 1988 foi a primeira mulher a receber o Prémio Cervantes. Em português tem diversas obras traduzidas, nomeadamente O Homem e o divino e Os Sonhos e o Tempo.

Morreu em Madrid em 1991.

1 comentário:

Anónimo disse...

li o seu primeiro livro publicado em Portugal» metáfora do coração» fascinado pelo registo literário , mas consciente de que me faltava conhecimento filosófico para a apreender como gostaria. O que me intriga são pessoas da àrea da filosofia que acreditam em santinhos e andores gostem tanto desta mulher, a única da geração de 27, a lutar como o fez contra quem o papa canonizou.
Estranho? eu gosto das coisas sempre mais claras. se já não se pode pedir a verdade às pessoas porque essa é impossivel, há muito também que falta a clareza. Mudam-se re mudam-se os sinais a tudo tudo num àpice. O InGÉnuo