
Este movimento republicano, sob o comando do gen. Sousa Dias, teve início na Invicta com as movimentações das tropas de Caçadores 9 e foi apoiado por grupos de civis liderados por José Domingues dos Santos, ex-presidente do Ministério e dirigente do Partido da Esquerda Democrática. Foram ocupadas instalações civis e militares e nas ruas ergueram-se barricadas. São presos os ministros do Comércio e Comunicações e da Instrução Pública. Do lado dos revoltos participam ainda as forças da GNR, efectivos da Póvoa de Varzim, Penafiel e Amarante. Foi distribuído pela Invicta um manifesto «Ao povo português», subscrito pelo Comité Militar Revolucionário, formado pelo gen. Sousa Dias, pelo cmdt. Jaime de Morais, pelo cap.-médico Jaime Cortesão, pelo cap. Sarmento Pimentel e pelo ten. Pereira de Carvalho.
A resposta oficial é violenta, mas só a 7 de Fevereiro consegue vergar a revolta portuense. Nesse mesmo dia inicia-se em Lisboa um movimento idêntico, de que falarei em próximo post.
Nb: como sugestão de leitura recomenda-se Luís Farinha, O reviralho, Lisboa, Estampa, 1998.
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Imagem: confrontos entre as ruas de Santa Catarina e de 31 de Janeiro (Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa, Colecção Revolução de Fevereiro, fotógrafo não identificado, Fev. 1927).
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