domingo, 14 de outubro de 2007

A guerra colonial, às terças na RTP1

Até Dezembro, às terças-feiras à noite, estarei em frente à televisão a ver a série documental "A Guerra" (do ultramar / colonial / de libertação), do jornalista Joaquim Furtado (RTP1).
Segundo li no Público de ontem, trata-se de um trabalho de jornalismo de investigação, com recurso a abundante material audiovisual da RTP, do Exército, da Força Aérea, da Marinha, de particulares, a centenas de documentos textuais e fotográficos, a cerca de 200 entrevistas a militares, a políticos, a antigos colonos, a empresários, a religiosos. Além disso, muitas das entrevistas foram feitas em lugares da guerra, pondo frente a frente militares portugueses e combatentes africanos, desafiando e confrontando reconfigurações actuais, parcelares e concorrentes das memórias do conflito que marcou os últimos 13 anos do império.
Seis anos, o tempo que Joaquim Furtado levou a fazer esta série documental, não são muitos anos para um trabalho de fundo, sério e rigoroso sobre um tema extremamente sensível da nossa história recente. Sobretudo se ele contribuir, como espero, para desfazer a propaganda colonial e os mitos pós-coloniais, e nos devolver uma leitura crítica e problematizadora da guerra que opôs o exército português aos movimentos de libertação de Angola, da Guiné e de Moçambique, entre 1961 e 1974.

1 comentário:

Fralavor disse...

O bandido do Salazar, mandou para a guerra a nossa juventude, morreram nas colonias mais de 15.000 e ficaram aleijados, 30.000. Outros fujiram para o estranjeiro, para não matarem nem morrerem. Eu tenho dois irmãos que foram mobilizados, um para Angola, outro para a Guiné, não morreram, mas ainda hoje sofrem os traumas devido aquela guerra,sofrem os filhos e a familia, os estragos daquela guerra,Os meus pais também sofreram e choraram muito, quando os viram partir.Foram obrigados a ir combater e a matar os negros.
O monstro do Salazar não tem perdão. fralavor