domingo, 17 de dezembro de 2006

O Movimento na escrita dos colunistas

O Movimento foi assunto de notícia devido a dois acontecimentos maiores: o descerramento da lápide no Tribunal da Boa-Hora, condenando a “justiça pidesca” praticada nos “tribunais plenários (6/12/06); e o julgamento ubuesco de João Almeida e Duran Clemente, no 6º Juízo Criminal de Lisboa (11/12/06), que terá o seu desfecho no próximo dia 21, às 16h.
A actualidade pôs por isso o Movimento no centro das atenções públicas e vários colunistas comentaram, em diversos tons e sons, o que tem sido a nossa actividade e o modo como a concretizamos. Porque um deles deu azo a polémica, o de Pacheco Pereira (Público 7/12/06), recorde-se em revista o que foi o Movimento nas páginas deste jornal.
“Não apaguem a memória, mas também não lembrem só uma parte da memória” foi o título que Pacheco Pereira deu à sua crónica e que está acessível no seu blog “Abrupto” – http://abrupto.blogspot.com/. O colunista interpela o Movimento quanto à sua liberdade de acção relativamente ao PCP, enunciando uma premissa falsa e construindo, a partir daí, uma argumentação formalmente correcta, mas substancialmente errada. Escreve: “Acaso não era suposto o Movimento dizer alguma coisa sobre a política do PCP de fechar os seus arquivos e apenas divulgar documentos escolhidos a dedo para não ferir uma história tão ‘oficiosa’ como falsa? Ninguém contesta o direito legal que o PCP tem de não abrir os seus arquivos, mas talvez se deva exigir ao partido, que participa nas iniciativas do Movimento Não Apaguem a Memória! e as apoia, que se comporte de forma diferente e que não ajude a sonegar do conhecimentos de todos a parte da memória colectiva que se encontra fechada nas suas sedes (...)”.
Erro nas fontes ou debilidade na sua informação, o que vem a dar ao mesmo, Pacheco Pereira equivocou-se. Foi o que lhe disseram diversos membros do Movimento, em cartas enviadas ao Público, que há uma semana aí aguardam publicação e, por isso, entendemos poderem ser desde já aqui divulgadas.
A primeira é a de João Almeida, em forma de Carta Aberta. Seguir-se-ão as de Martins Guerreiro, Artur Pinto e de Ana Prata.

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