Hoje pouco dirá o seu nome a muita gente. Mas foi seguramente uma das figuras mais marcantes da resistência à ditadurado Estado Novo.
Destacou-se ainda durante a 1ª República, primeiro como secretário-geral das Juventudes Sindicalistas (anarquistas) e depois como fundador e primeiro secretário-geral da Federação das Juventudes Comunistas - em 1921.
Foi, a par de Bento Gonçalves, o grande responsável pela reorganização do PCP de 1929, que lançou este partido para a resistência na clandestinidade. Assumiu a liderança do PCP aquando da primeira prisão de Bento Gonçalves (1930/3).
Fundador e secretário-geral da Comissão Intersindical [CIS, de 1930], foi o principal responsável, do lado do PCP, pela revolta operária de 18 de Janeiro de 1934.
Preso juntamente com Bento Gonçalves e Júlio Fogaça em 1935, os três formavam então o secretariado do PCP, foi brutalmente torturado (praticamente à frente de Bento Gonçalves), e foi um dos primeiros prisioneiros do Tarrafal, onde passou cerca de 9 anos.
Foi expulso do PCP, em 1943, por divergências políticas marcadas pela sua condenação do Pacto entre a Alemanha nazi e a URSS em 1939. Mas manteve sempre as suas convicções de comunista.
Após sair em liberdade, em 1945, apesar de uma actividade profissional intensa, liderou ainda uma tentativa de lançar um novo partido operário de oposição à ditadura [o Partido Social Operário]. Foi também, com António Sérgio, o grande organizador do movimento cooperativista, particularmente do Ateneu Cooperativo, um espaço de resistência contra a ditadura que reuniu comunistas, socialistas, anarquistas e outros resistentes.
O 40.º aniversário da morte de José de Sousa vai ser assinalado com um colóquio nos dias 13 e 20 de Janeiro, dois sábados, em ambos às 16 horas.
A primeira sessão, no dia 13, contará com intervenções de Edmundo Pedro, Francisco Canais Rocha, Fernando Rosas e Carlos Carvalho (dirigente da CGTP).
A primeira sessão, no dia 13, contará com intervenções de Edmundo Pedro, Francisco Canais Rocha, Fernando Rosas e Carlos Carvalho (dirigente da CGTP).
A segunda sessão, no dia 20, contará com intervenções de José Hipólito dos Santos, Eugénio Mota, José Pacheco Pereira e Manuel Canaveira de Campos (presidente do Instituto António Sérgio).
Será na Biblioteca-Museu República e Resistência (Espaço Cidade Universitária), Rua Alberto de Sousa, nº 10 A - Zona B do Rêgo, 1600-002 Lisboa - Tel: 21 7802760 (fica ao lado da Av. das Forças Armadas e perto da Rua Soeiro Pereira Gomes).
Luís Carvalho
PS: aproveito para agradecer publicamente este texto ao seu autor e para desafiar outros membros do Movimento a enviarem outros textos e/ou a tornarem-se bloggers deste espaço.
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