Luís Mateus, membro do Movimento, propôs que se aprofundasse o conhecimento sobre casos de repressão ditatorial no século XX similares aos do regime salazarista (retomando informações que já houvera dado sobre o caso argentino). Esta é uma via preciosa para se consolidar a reflexão e debate em Portugal sobre uma política museológica e da memória que reflicta sobre o passado ditatorial.
Aproveito então o repto para dar dados sobre 3 iniciativas: um livro, um site e um museu.
Aproveito então o repto para dar dados sobre 3 iniciativas: um livro, um site e um museu.
O livro intitula-se Memoria en construcción: el debate sobre la ESMA, foi escrito por Marcelo Brodsky em 2003, e pretende devolver-nos o que foi o antigo centro de detenção da Escuela de Mecánica de la Armada (ESMA), campo de tortura e extermínio da Ditadura militar argentina (1976-1983). Para o efeito recorre a fotos dos presos, plantas do edifício, reconstruções de «salas de tortura» e de celas dos presos, textos do historiador Felipe Pigna, da jornalista María Seoane, dos sociólogos Horacio González e Alejandro Kaufman, do forense Maco Somigliana e da ex-presa Lila Pastoriza. O livro mostra ainda obras de 65 artistas alusivas a este tema., contém documentos vários e algumas das propostas de uso desse complexo. Recensão de Patricia Kolesnicov em «Las caras del horror: un libro con fotos tomadas dentro de la ESMA» (Clarín, 14/XI/2005).
O site chama-se Zona Abierta, e pretende ser uma "selección inicial y fragmentada de ideas y propuestas, reflexiones y comentarios, pensamientos y publicaciones referentes a diversas problemáticas que hacen a la memoria del pasado reciente en general y a la ESMA en particular, como disparos al infinito para ser alcanzados como legados en el tiempo por vivir".
O museu, designado por Espacio para la memoria y para la promoción y defensa de los derechos humanos, foi criado em 2003, resulta dum acordo entre Estado central e autarquia da capital e funcionará na ESMA. As propostas para o espaço vieram de várias associações cívicas e dos governos locais e nacionais (vd. aqui). Para consultar a legislação entretanto aprovada vd. aqui.
Fica, para o final, um excerto do livro de Brodsky: "Del Lugar: decidir qué hacer en el lugar del horror se ha convertido en un problema. El interés por transmitir a las nuevas generaciones de argentinos una visión comprometida con los caídos y su visión del mundo, ha servido como detonante de una discusión sobre la memoria, en la que se expresan puntos de vista diferentes sobre cómo narrar, qué herramientas usar para hacerlo, qué guión histórico usar como referencia, qué lenguaje, qué palabras, qué imágenes".
Nb: imagens retiradas do site e do jornal Clarín.
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